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Subfinanciamento do SUS e a Enfermagem

  A enfermagem, maior categoria da saúde brasileira sofre grandes impactos por um subfinanciamento do Sistema Único de Saúde, que é responsável pelo atendimento de cerca de 83% da população brasileira, aonde o baixo investimento em saúde pública impacta diretamente na assistência ao usuário, por falta de recursos sejam eles físicos ou humanos.

  Em um sistema tão complexo como o SUS é evidente a necessidade de amplas formas de financiamento que possibilitem atender as demandas existentes em suas complexidades. Porém a realidade é que este sistema ainda está em processo de formação, e que é influenciado diretamente pelo capitalismo na saúde, aonde o direito a saúde torna se um produto de mercado. Concorrendo assim o Sistema Público com o capital privado na saúde, estando desde os primórdios do Sistema Único de Saúde (SUS),o sistema privado em suas raízes constitucionais.

  O sistema público de saúde brasileiro, foi idealizado após grandes conflitos sociais e um longo período de Ditadura Militar, aonde vários atores sociais foram fundamentais para a sua idealização, sendo garantido em 1988, através da Nova Constituição Federal, o Direito a saúde pública em sua forma integral, porém sendo lançado um grande desafio sobre o seu financiamento e quais seriam as fontes necessárias.

  Desde então temos este desafio embutido no Sistema Brasileiro de Saúde, sendo a enfermagem a maior categoria da saúde, concluímos que somos grandemente impactados pelo subfinanciamento do sistema público de saúde, através de baixos salários e intensificação de mão de obra. Uma saúde de qualidade é o terceiro objetivo mundial de Desenvolvimento Sustentável, estabelecido entre 17 objetivos pela Organização das Nações Unidas (ONU), e no qual a enfermagem necessita estar mais presente nas políticas centrais de planejamento do SUS, se almejamos por dias melhores e a tão sonhada valorização profissional.