Nada a comemorar! Saúde Pública e os Servidores Públicos Municipais de São Paulo, gestão Fernando Haddad.
Os servidores públicos do município de São Paulo, não podem comemorar os grandes avanços do neoliberalismo , através das privatizações dos aparelhos públicos, em destaque na saúde, aonde houveram grandes avanços das parcerias público privadas, aonde a gestão das unidades de saúde foram amplamente repassadas para empresas privadas, outrora denominadas Organizações Sociais. Estas parcerias trazem grandes efeitos sobre o funcionalismo público, aonde são a cada dia mais sucateados os equipamentos públicos, sobre a gestão direta da secretaria da saúde, expondo aos trabalhadores a riscos diversos, sejam eles físicos, biológicos e psicológicos. Para então sobre a justificativa de melhoria no atendimento, que as parcerias público- privadas são mais eficientes. Mais o que não se fala é o quanto se é direcionado para a administração direta manter os serviços de saúde sobre sua gestão.E o resultado é que somente no município de São Paulo cerca de 51% do sistema de saúde municipal é gerido por Organizações Sociais.
Alertamos que sobre a atual gestão da prefeitura de São Paulo, o funcionalismo público sofre diversos ataques aos seus direitos e a sua existência, aonde as novas unidades de saúde são repassadas a gestão de empresas privadas, sob a bandeira de ¨ organizações sociais.¨ E que as unidades de saúde sob a gestão da administração direta, tem sido alvo de constantes ataques para a ampliação destas chamadas parcerias.
E infelizmente aonde a bandeira da defesa dos Servidores Públicos Municipais deveria estar sendo defendida, através dos sindicatos, temos sim um grande processo de domesticação das lutas, através de alienações políticas. E assim temos um Sistema Único de Saúde, cada vez mais lucrativo para empresas privadas, laboratórios farmacêuticos e por imagem.
O funcionalismo público não pode se acovardar, temos que mudarmos as estratégias para avançarmos, não dá para ser servidor público e neoliberal, pois precisamos de um Estado forte e com serviços prestados de qualidade, e não podemos aceitar que os recursos públicos sejam destinados ao avanço capitalista das empresas. É ridículo dizer que estamos avançando na saúde, ao contrário estamos regredindo.
O SUS vem sendo fortemente tornando se um sistema de saúde para os mais pobres, aonde as chamadas parcerias público privadas, oferecem o mínimo possível aos cidadãos, motivados simplesmente pela função lucro e não por objetivos sociais. A exemplo da precarização dos equipamentos públicos, temos as unidades geridas pelas parcerias, sempre limpas, bem pintadas, bem mobiliadas, com ar condicionado, pagando muito bem para os profissionais do alto escalão, e oferecendo o mínimo possível aos cidadãos, porém com a magia de um serviço de hotelaria e produtividade, e por outro lado as unidades geridas pela administração direta totalmente sucateadas e hiper lotadas. E os servidores municipais da saúde cada dia mais adoecendo pela sobrecarga de trabalho, salários defasados e sofrendo diversas agressões sejam elas institucionais, quanto físicas e psicológicas. E incluindo as diferenças salariais aos profissionais da base e, uma forma insegura de recebimentos através de subsídios, aonde não se prevê reajustes aos servidores.
O atual governo entrou pela bandeira do funcionalismo público e dos trabalhadores, porém o que estamos presenciando é o mais feroz ataque a existência do funcionalismo público e aos seus direitos, em destaque a criação de uma previdência privada para os servidores públicos pelo executivo (SAMPREV). E os ridículos 0,01% de reajustes, aonde o próprio governo que se dizia em prol dos servidores aprovou.
Os Servidores públicos municipais da saúde de São Paulo, não acreditam mais neste governo burguês, queremos um governo popular e democrático, e que ouça as bases. Somos oposição ao um sindicato alienado a partido político, a bandeira dos sindicatos deve ser unicamente a defesa do trabalhador! Esperamos que a lição com atual gestão seja um exemplo que não podemos ser domesticados por partidos políticos.
DOUGLAS CARDOZO